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Observando de perto: Pesquisa Etnográfica passou por mais de 25 cidades do Ceará

Ciclo de Trabalho 3
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Pesquisa aconteceu durante o Ciclo de Trabalho 3.

Para ter um sistema eficiente de relacionamento com os cidadãos, precisamos saber quem é o cearense, como ele fala e como quer ser ouvido. Por isso, durante o terceiro ciclo de trabalho do projeto, falamos aqui sobre a Pesquisa Etnográfica pelo Ceará, que buscava observar a maneira como as pessoas se comportam quando estão em seu próprio contexto, com o mínimo de interferências ocorrendo durante esse processo – como se, por exemplo, para entender a convivência na sua casa, alguém não te perguntasse sobre isso, mas passasse um dia acompanhando a sua rotina. 

Então fizemos uma imersão nas condições e na vida dos cearenses. Entramos no trabalho, na casa das pessoas, caminhamos pela rua e visitamos estruturas de serviço público onde cidadãos passavam pela experiência de usar serviços ou acompanhar quem deles precisava. Cruzamos cerca de dois mil e duzentos quilômetros, dormindo em reservas florestais, comunidades religiosas com forte trabalho social e participamos de oficinas sempre em busca de colher informações relevantes para o desenvolvimento do projeto. 

Passamos pelas cidades Crato, Caucaia, Aracati, Limoeiro do Norte, Quixadá, Ocara, Cascavel, Horizonte, Pacajus, Barbalha, Salitre, Itaitinga, Maracanaú, Juazeiro do Norte, Missão Velha, Crateús, Sobral, Granjeiro, Barbalha, Jucás, Iguatu, Tianguá, Viçosa do Ceará, Içó, Canindé, Sobral e Fortaleza. 

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No Cariri, o rico capital social encontrado entre diferentes organizações dá uma noção do potencial que o Estado possui para ser um exemplo a ser seguido em termos de relacionamento com o cidadão. Conversamos abertamente com crianças, idosos, adolescentes, jovens e adultos, com pessoas sem nenhuma escolaridade e também com gente com máxima qualificação acadêmica. Ouvimos muitos cearenses das cidades e dos sertões.

Esse esforço etnográfico revelou um Ceará carente das necessidades derivadas de uma seca que entra pelo seu sexto ano num país cujas finanças públicas e dados de desemprego ameaçam colapsar mais e mais unidades federativas. No entanto e, mais importante, revelou um Ceará de imensa capacidade de verbalizar sentimentos e discernir e qualificar quando um hospital ou posto de saúde encontra-se com estruturas precárias mas, em compensação, tem “médicos, enfermeiros e até pessoal da limpeza que você queria ver toda hora e em qualquer lugar”. Todas as histórias que ouvimos contribuem para a construção do sistema público de relacionamento que atenda as necessidades de quem está na capital do Estado, mas também dos que vivem em localidades mais distantes dos centros. 

Nada substitui o humano. Em todas as pontas há alguém com alguma necessidade a ser atendida. Mesmo que seja para fazer um elogio ou para aliviar a indignação com algo que ocorreu e que representa desrespeito, injustiça e mal feito. E existe o humano na ponta recebedora da manifestação. Seja ele um servidor público concursado ou um terceirizado. Estes atores que foram buscados nessa grande pesquisa etnográfica.

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